Análise proteômica de tecido cardíaco de ratos com diferente capacidade aeróbica intrínseca
Nome: LEONARDO PERIN RIBEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/12/2012
Orientador:
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Papel |
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SUELY GOMES DE FIGUEIREDO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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JOSE GERALDO MILL | Examinador Interno |
SIMONE DA FONSECA PIRES | Examinador Externo |
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO | Orientador |
WELLINGTON LUNZ | Coorientador |
Resumo: A capacidade ao exercício físico é um atributo complexo que envolve diferentes sistemas fisiológicos sob a influência de fatores genéticos e ambientais. Estudos relacionados à influência genética têm demonstrado que mais de 70% da capacidade ao exercício aeróbio é intrinsecamente determinada. Neste trabalho, foi utilizada uma abordagem proteômica comparativa por eletroforese em gel
bidimensional (2D) acoplada à espectrometria de massas (MALDI-TOF/TOF), para investigar possíveis diferenças moleculares em nível de expressão protéica entre corações (ventrículo esquerdo - VE) de ratos com diferente capacidade aeróbica intrínseca. Utilizando um protocolo de teste de esforço máximo realizado em esteira motorizada, ratos foram separados em dois grupos, de acordo com a distância total
percorrida (DTP): baixo desempenho de corrida (BDC) e alto desempenho de corrida (ADC). O desempenho dos animais ADC foi 3,5 vezes maior que o dos animais BDC. O perfil protéico dos VE revelou diferença na expressão de 29 spots proteícos (p <0,05) entre ADC e BDC, e 15 proteínas foram identificadas por MALDI-TOF/TOF
(MS e MS / MS). Alterações robustas foram detectadas em proteínas envolvidas na resposta ao estresse, miofibrilares e citoesqueléticas. Foram encontradas diferenças na expressão de proteínas contráteis, como a isoforma α da miosina de cadeia pesada-6, a miosina de cadeia leve-1 e a creatina quinase tipo M, mais expressas no VE dos animais ADC. Por outro lado, o VE dos animais BDC apresentou aumento
na expressão de proteínas associadas à resposta ao estresse. Estes animais exibiram maior expressão da enzima antioxidante aldeído desidrogenase 2, e de proteínas de choque térmico (α-cristalina cadeia B, a proteína de choque térmico β-2). Além disso, as proteínas do citoesqueleto, desmina e α-actina, também apresentaram maior expressão nos animais deste grupo. Em conclusão, nossos
resultados sugerem que o aumento dos níveis de proteínas contráteis em ratos ADC pode explicar, em parte, a maior capacidade destes ao exercício. A maior expressão de proteínas de estresse nos animais do grupo BDC sugere um elevado estresse no tecido cardíaco destes animais.