Efeitos do tratamento quimioterapico e hormonioterápico sobre biomarcadores de lesão cardíaca e estresse oxidativo em mulheres durante o tratamento do câncer de mama
Nome: FABRÍCIO BRAGANÇA DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/09/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES | Examinador Interno |
SONIA ALVES GOUVEA | Coorientador |
Resumo: O aumento das mortes por doenças cardiovasculares em mulheres submetidas aos tratamentos antineoplásicos para o câncer de mama é um fato observado em diversos trabalho e está associado principalmente aos efeitos cardiotóxicos da quimioterapia. A cardiotoxicidade dos agentes quimioterápico, embora nã esteja
totalmente esclarecida, acredita-se estar relacionada com o aumento dos níveis de estresse oxidativo no organismo. A detecção destes danos embasa os objetivos deste trabalho em avaliar os efeitos dos tratamentos contra o câncer de mama sobre biomarcadores de lesão cardíaca e estresse oxidativo. Trinta mulheres foram acompanhadas durante um ano e divididas de acordo com o protocolo terapêutico
em mulheres tratadas exclusivamente com a hormonioterapia com tamoxifeno (grupo Tam, n=10), mulheres tratadas exclusivamente com quimioterapia (grupo Quimio, n=10) e mulheres tratadas com quimioterapia e em seguida com hormonioterapia com tamoxifeno (grupo Quimio+Tam, n=10). Amostras de sangue foram coletadas antes do início do tratamento, seis e doze meses após, para análise da troponina I cardíaca (cTnI), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e atividade plasmática da enzima antioxidante glutationa peroxidase (GPx).
Ao termino da pesquisa observou-se que mulheres do grupo Quimio exibiam um aumento dos níveis de cTnI e AOPP e uma menor atividade da GPx plasmática quando comparadas às mulheres dos grupos Tam e Quimio+Tam. Estes dados reforçam a hipótese do envolvimento do estresse oxidativo no desenvolvimento das doenças cardiovasculares num período crônico após o término da quimioterapia e ressaltam uma ação cardioprotetora da hormonioterapia com o tamoxifeno; além de acrescer subsídios científicos para adoção de políticas públicas
mais efetivas no monitoramento e terapêuticas das duas mais importantes causas de morbimortalidade da população: o câncer e as doenças cardiovasculares