Efeitos do tratamento crônico com extrato etanólico de Romã (Punica Granatum L.) em ratas espontaneamente hipertensas (SHR)

Nome: LAÍS OLIVEIRA DELLACQUA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/07/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DENISE COUTINHO ENDRINGER Examinador Externo
HELDER MAUAD Examinador Interno
MARGARETH RIBEIRO MOYSES Orientador
ROGER LYRIO DOS SANTOS Coorientador

Resumo: A hipertensão arterial sistêmica é um importante fator de risco para doenças com comprometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que pessoas que consomem uma dieta rica em antioxidantes possuem menor risco de desenvolverem desordens cardiovasculares. Assim, utilizamos o extrato de Punica granatum L. a fim de prevenir o aumento ou atenuar a hipertensão arterial, bem como suas consequentes complicações relacionadas ao sistema cardiovascular. O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento com extrato de romã na pressão arterial, na atividade da ECA, no estresse oxidativo e na morfologia vascular. Para tanto, utilizamos ratas SHR com 4 e 28 semanas de idade e ratas Wistar com 4 semanas de idade, que receberam extrato de romã (250 mg/kg) ou veículo (água filtrada), por gavagem, durante 30 dias. Ao final do tratamento os animais apresentavam 8 e 32 semanas. Os animais foram submetidos a três protocolos experimentais. Protocolo 1: Medida da pressão arterial sistólica nos animais com 8 semanas (SHR-Controle n=6, SHR-Romã n=7) e com 32 semanas (SHR-Controle n=6, SHR-Romã n=6). Protocolo 2: Medida da atividade da ECA coronariana nos animais com 8 semanas (SHR-Controle n=3, SHR-Romã n=4) e nos animais com 32 semanas (SHR-Controle n=4, SHR-Romã n=3). Protocolo 3: Análise morfométrica (SHR-Controle n=6, SHR-Romã n=5, Wistar-Controle n=6) e medida do estresse oxidativo (SHR-Controle n=4, SHR-Romã n=4) dos animais com 8 semanas. A PAS foi aferida por pletismografia de cauda e as coronárias foram dissecadas para análise histológica e dosagem da atividade da ECA. Os cortes coronarianos foram corados com hematoxilina e eosina (HE) para análise morfométrica e marcadas com dihidroetídeo (DHE) para análise da expressão de ânion superóxido. O tratamento crônico com extrato bruto de romã diminuiu significativamente a PA somente nos animais com 32 semanas (200 ± 2 mmHg para 188 ± 3 mmHg). Com relação à atividade da ECA, houve uma redução na atividade da mesma tanto nos animais com 32 semanas (SHR-Controle 232 ± 19 RFU/mg/ml vs SHR-Romã 95 ±39 RFU/mg/ml), quanto nos animais com 8 semanas (SHR-Controle 209 ± 11 RFU/mg/ml vs SHR-Romã 79 ± 28 RFU/mg/ml) quando comparado o grupo no grupo SHR-Romã com o SHR-Controle. A análise da marcação do O2-. (DHE) nos mostra que os animais do grupo SHR-Romã
apresentaram um estresse oxidativo significativamente menor (1,2 ±0,1 U.A.) do que aquele encontrado nos animais do grupo SHR-Controle (3,2 ±0,4 U.A.). Nas artérias dos animais tratados com romã observamos ausência de remodelamento vascular. Desde modo, o tratamento com romã foi capaz de diminuir o estresse oxidativo nas artérias coronárias dos animais com 8 semanas e de inibir a atividade da ECA nas artérias dos animais mais jovens e mais velhos. Assim, o tratamento com romã foi efetivo em reduzir os efeitos deletérios observados na hipertensão.

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