Eficácia dos exercícios de alongamento e de estabilização lombar no tratamentro de lombalgia crônica
Nome: MARIA ANGELICA FERREIRA LEAL PUPPIN
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 03/08/2010
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
AMÉLIA PASQUAL MARQUES | Examinador Externo |
ELIZABETH ALVES GONÇALVES FERREIRA | Examinador Externo |
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Examinador Interno |
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO | Orientador |
MARIA TERESA MARTINS DE ARAUJO | Examinador Interno |
Resumo: A lombalgia atinge mais de 70% da população, acometendo principalmente adultos economicamente ativos. Além da alta incidência, a cronicidade e a incapacidade funcional transformam esta disfunção em um problema de saúde pública nos países industrializados. A cinesioterapia é a primeira linha de escolha, na Fisioterapia, contudo não há evidências sobre qual o tipo de exercício mais efetivo. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do método GDS sobre a dor, incapacidade funcional, flexibilidade global e capacidade de contração do músculo transverso do abdome, em indivíduos com lombalgia crônica. Participaram do estudo 82 pacientes randomizados em três grupos: Alongamento (n=30, idade 37,5 ± 12,1) submetido a exercícios de alongamento, Estabilização (n=27, idade 39,0 ± 12,7) realizou exercícios para recrutar músculos profundos do tronco inferior e Controle (n=25, idade 37,8 ± 13,6) que não realizou tratamento. Os grupos de intervenção foram tratados em duas sessões semanais com duração de 40 minutos, por oito semanas. A dor foi avaliada pela escala visual analógica, a incapacidade funcional pelo Índice de Oswestry, a flexibilidade global pelo terceiro dedo ao solo e a capacidade de contração do TrA pela unidade de biofeedback pressórico. As variáveis foram analisadas pré, pós e depois de oito semanas do tratamento. Foi utilizado o teste ANOVA de fator único com medidas repetidas e o teste Post Hoc de Holm-Sidak para as variáveis paramétricas e, o teste de Friedman e Tukey para não paramétricas, nas comparações intra e entre grupos. Foi adotado um nível de significância de 5%. Avaliou-se também, o ganho clínico relativo. Os resultados mostraram melhora significante na dor, incapacidade funcional e flexibilidade global após o tratamento e depois de oito semanas (p<0,05) nos grupos de intervenção. Somente o Grupo Estabilização foi efetivo na melhora da capacidade de contração do TrA (p<0,05). Na comparação entre grupos, as duas formas de intervenção foram efetivas na redução da dor e da incapacidade funcional (p<0,05), mas somente o Grupo Alongamento mostrou melhora significante na flexibilidade global (p=0,01). Não houve diferença entre os grupos após oito semanas do tratamento na incapacidade funcional (p=0,10) e flexibilidade global (p=0,07). Na contração do TrA não houve diferença em nenhum dos momentos avaliados. Os dois grupos obtiveram ganhos clínicos relevantes, principalmente o grupo estabilização, exceto na flexibilidade global quando o alongamento obteve ganhos superiores. Os dois tratamentos, alongamento muscular e estabilização lombar do método GDS, foram eficazes na redução da dor, incapacidade funcional e melhora da flexibilidade global, porém somente o grupo estabilização mostrou melhora da capacidade de contração do músculo TrA, em pacientes com lombalgia crônica.