Efeitos da Administração Aguda de Fluoxetina e Paroxetina Sobre Parâmetros Cardiorrespiratórios e Autonômicos em Ratos Anestesiados
Nome: RENATA VIANA TIRADENTES COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/08/2009
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO CARLOS AVANZA JUNIOR | Examinador Externo |
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO | Orientador |
JOSE GUILHERME PINHEIRO PIRES | Examinador Interno |
Resumo: A ativação de receptores serotonérgicos centrais está envolvida no controle neural do aparelho cardiovascular. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina são fármacos amplamente utilizados na clínica, e diante de sua relevância, o presente estudo se propõe a examinar os efeitos da administração aguda de dois representantes desta classe de antidepressivos, a fluoxetina e a paroxetina,, sobre parâmetros cardiorrespiratórios e autonômicos em ratos anestesiados. Foram utilizados ratos Wistar machos, 250-300 g, anestesiados com uretana (1,2 g/kg, i.v.) e instrumentados para registros de pressão arterial média (PA), freqüência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e atividade do nervo renal (ANR). Os animais receberam as drogas nas doses de 1, 3 ou 10 mg/kg por via intravenosa. A significância estatística da diferença entre as médias foi verificada por ANOVAs seguidas de testes apropriados de comprações múltiplas. Ao comparar os grupo de animais que receberam fluoxetina com os animais controle, observou-se que a fluoxetina na dose de 1 mg/kg não apresentou diferenças estatisticamente significativas em nenhum parâmetro mensurado, porém na dose de 3 mg/kg promoveu uma simpatoinibição em todos os tempos experimentais, enquanto a fluoxetina na dose de 10 mg/kg promoveu uma diminuição da FC no tempo de 5 minutos e da ANR nos tempos de 5, 20, 30 e 50 minutos. A fluoxetina demonstrou apresentar um padrão dose-efeito importante sobre a ANR. A administração de paroxetina na dose de 1 mg/kg somente provocou uma diminuição na ANR nos tempos de 5, 15, 20 e 50 minutos, assim como a paroxetina na dose de 3 mg/kg determinou simpatoinibição, que ocorreu em todos os tempos experimentais; na dose de 10 mg/kg, porém, houve um aumento na PAM e uma simpatoinibição em todos os tempos experimentais, além de uma taquicardia a partir dos 20 minutos. A paroxetina demonstrou apresentar um padrão dose-efeito importante sobre os parâmetros da PAM, FC e ANR. Estes resultados sugerem que os ISRS exercem suas alterações nos parâmetros cardiorrespiratórios e autonômicos através da ativação de receptores serotonérgicos em diferentes locais no cérebro, sendo que a fluoxetina parece envolver mais os receptores 5-HT1A na rafe dorsal, rafe magno, rafe pálido ou RVLM, enquanto a paroxetina parece ativar receptores 5-HT1A em diversos locais no cérebro, como na rafe obscuro ou na área pré-óptica, além da rafe dorsal, rafe magno, rafe pálido ou RVLM, desencadeando respostas diferenciadas.