EFEITOS DA SOBRECARGA CRÔNICA DE FERRO SOBRE A REPRODUTIVIDADE DE CAMUNDONGOS

Nome: JANDINAY GONZAGA ALEXANDRE MAGESKI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/07/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO DOS SANTOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JONES BERNARDES GRACELI Examinador Interno
LEANDRO MIRANDA ALVES Examinador Externo
LEONARDO DOS SANTOS Orientador

Resumo: O ferro é um metal essencial para a homeostase corporal, adquirido a partir de uma
dieta rica em carne vermelha e grãos e vegetais, porém a sobrecarga de Ferro (Fe)
crônica pode causar danos em diversos órgãos como coração, vasos, fígado,
pâncreas e, também, nos órgãos do sistema reprodutor. Estudos que avaliam os
efeitos da sobrecarga de ferro no eixo hipotálamo-hipófise-gonodal (HPG) na
literatura são particularmente escassos. O objetivo desta dissertação é estudar os
efeitos da sobrecarga crônica de ferro sobre o sistema reprodutor e a capacidade
reprodutiva de camundongos fêmeas. Utilizamos camundongos fêmeas (C57BL/6) e
dois grupos experimentais, o controle e o Fe 10 mg/Kg. Os animais destinados ao
grupo Fe receberam injeções via intraperitoneal (i.p) de ferro-dextrano (10mg/kg/dia,
5x/semana), já, os animais do grupo controle receberam solução salina (NaCl a 0,9
%) no mesmo volume, condições e período de tempo. Consecutivamente, por 30
dias, foi avaliado o ciclo estral dos animais através de esfregaço vaginal
devidamente corado com metanol, hematoxilina e eosina. Ao fim da exposição, um
ensaio reprodutivo foi realizado com alguns animais e outros animais foram
anestesiados e eutanasiados para a retirada e consequentemente obtenção dos
órgãos envolvidos no eixo hipotálamo-hipófise-gonada para análises. Nos nossos
resultados foi possível identificar diminuição do tamanho do ovário, útero e
hipotálamo. Também foi perceptível o acúmulo de ferro no fígado, baço, hipotálamo,
ovário e útero. O ciclo estral das camundongas apresentou-se desregulado. A
histologia dos ovários demonstrou um prejuízo do desenvolvimento folicular, com
redução numérica de corpo lúteo e aumento do número de folículos atrésicos. A
histologia apresentou hipotrofia uterina. Mesmo com a supressão do Fe o ciclo
estral não foi normalizado e quando quantificamos a ninhada, não foram registrados
filhotes nas gaiolas dos animais pertencentes ao grupo Fe. Esses resultados
sugerem que a exposição crônica ao ferro gerou hemossiderose, prejudicando os
órgãos envolvidos no eixo hipotálamo-hipófise-gonada, promovendo uma taxa
reprodutiva diminuída ou inexistente.

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