TRATAMENTO COM DOSE SEMELHANTE À TERAPÊUTICA DE OXANDROLONA DURANTE A ADOLESCÊNCIA PROMOVE REMODELAMENTO CARDÍACO SEM ALTERAÇÃO DA CONTRATILIDADE NA FASE ADULTA EM RATOS WISTAR
Nome: EDGAR MENDES SOUZA WAN DER MAAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/06/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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NAZARE SOUZA BISSOLI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EWELYNE MIRANDA DE LIMA | Examinador Externo |
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES | Examinador Interno |
NAZARE SOUZA BISSOLI | Orientador |
Resumo: A oxandrolona é um esteroide anabólico androgênico utilizado na prática clínica para tratamento de queimaduras graves, traumatismo após cirurgia de grande porte, perda muscular relacionada à sídrome da imundeficiência adquirida (AIDS), distúrbios neuromusculares, angioedema hereditário, e hepatite alcoólica. É empregada no tratamento de pacientes juvenis que apresentam Baixa Estatura Idiopática e também problemas no crescimento devido a doenças raras de etiologia genética. Diversos estudos demonstram que o uso de drogas durante a infância e adolescência pode impactar negativamente na fase adulta destes indivíduos. Este trabalho objetiva avaliar os efeitos do tratamento com oxandrolona, na dose similar à terapêutica, sobre a contratilidade cardíaca em ratos pré-púberes. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: CON (controle) e OXA (tratados com oxandrolona 2,5mg/kg/dia durante quatro semanas). Os parâmetros hemodinâmicos (+dP/dtmáx, -dP/dtmin e Tau) foram avaliados no ventrículo esquerdo. O coração foi coletado para análise histológica (H&E) e deposição de colágeno (picrosírius red). A análise da expressão das proteínas relacionadas com o transiente de Ca2+ citosólico (SERCA-2a e fosfolambam), e as enzimas relacionadas ao sistema antioxidante (SOD1 e catalase) foi realizada por Western blot. Os animais tratados com OXA não apresentaram alteração da contratilidade e relaxamento cardíaco, embora apresentaram aumento da pressão sistólica ventricular esquerda, não caracterizando, porém, uma condição hipertensiva. Além disso, a OXA promoveu aumento na expressão da SERCA-2a, fosfolambam fosforilada, bem como da razão SERCA-2a/fosfolambam, enquanto a expressão do trocador de Na+/Ca2+ (NCX) não foi alterada pelo tratamento. Portanto, o tratamento com OXA, por quatro semanas, em ratos pré-púberes foi capaz de promover hipertrofia cardíaca, mas não alterou a função cardíaca, nem as proteínas responsáveis pela mobilidade do Ca2+ citosólico, todavia, a hipertrofia cardíaca observada, em virtude da deposição de colágeno, é patológica. Em conclusão, a OXA parece não alterar a função cardíaca embora promova alterações estruturais e moleculares.