NÍVEIS DE BDNF NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DE RATOS SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO EPIDURAL POR CORRENTE CONTÍNUA (EECC) DE BAIXA INTENSIDADE.
Nome: JULIANA CARDOSO DE SOUZA CUSTODIO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/02/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS | Orientador |
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANGELA CRISTINA DO VALLE | Examinador Externo |
ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS | Orientador |
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO | Examinador Externo |
SONIA ALVES GOUVEA | Examinador Interno |
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO | Coorientador |
Resumo: O sistema nervoso (SN) possui habilidade para modificar sua organização morfofuncional em resposta a mudanças internas ou demandas externas. Essa capacidade adaptativa constitui o que chamamos de plasticidade cerebral. O fator neurotrófico derivado do cérebro, conhecido como BDNF tem atraído considerável atenção na literatura científica, pelo seu envolvimento em processos cruciais de desenvolvimento e regulação do sistema nervoso, entretanto, muitos aspectos desta molécula são ainda desconhecidos. Sabe-se que diferentes protocolos utilizando estimulação cerebral já mostraram efeitos positivos sobre a cognição e melhora da função cortical, e o BDNF pode estar potencialmente envolvido nesse processo. Objetivo: Investigar as modificações nos níveis de BDNF no Córtex pré-frontal medial (CPFm) de ratos adultos submetidos a modulação cortical aguda e crônica com diferentes polaridades, através da estimulação epidural por corrente contínua de baixa intensidade. Método: Neste estudo randomizado, os animais receberam eDCS (400 μA) anódica ou catódica, durante uma única sessão, ou ao longo de 5 dias consecutivos. Os níveis de BDNF e suas isoformas foram avaliados no CPF através da técnica de western blot. Resultados: Nossos resultados demonstraram que a eDCS anódica - aplicada de forma aguda na intensidade de 400 μA levou a uma redução imediata na expressão de BDNF, e interferiu na formação do BDNF maduro, porém houve recuperação rápida (aos 30 minutos) deste último, aparentemente às custas de uma maior conversão a partir do pró-BDNF, já que houve uma redução persistente desta isoforma. A eDCS catódica aguda na mesma intensidade também levou a uma redução, nos níveis de BDNF, porém diferente do grupo anódico, esta redução foi mantida por pelo menos 30 minutos pós-eDCS. A eDCS anódica aplicada ao longo de 5 dias, promoveu um aumento nos níveis de ambas as formas de BDNF no CPF dos animais em relação aos grupos sham e eDCS catódico. Esse aumento foi significativo em relação aos níveis de pró-BDNF, tendo essa tendência se mantido em relação ao BDNF maduro. Conclusão: Nosso estudo demonstrou que a eDCS na intensidade de 400 μA é capaz de modular os níveis de BDNF, e seus efeitos são específicos para cada polaridade e número de sessões aplicadas.